Oficina de Artes

Sabemos que Joan Miró utilizou diferentes tipos de suportes e técnicas em suas produções, fez inúmeras pinturas, desenhos, gravuras, litografias assim como produziu várias esculturas, tapeçarias e cerâmicas. Livremente criou nexos entre o real e o fantástico, o aparente e o ilusório, o eterno e o efêmero e utilizou-se de inúmeros materiais a fim de traduzir suas ideias: papelão, tela convencional, trapos velhos, latas enferrujadas, pregos torcidos, cestas furadas, carapaças de tartaruga, ossos, pedras, fogões, torneiras, martelos, cordas, linhas, tubos de pintura vazios, raízes de árvores, tampas metálicas e até porta-rolo de papel higiênico. Como podemos perceber o pintor não limitava suas produções ao uso de papel, tinta e pincel, mas explorava todas as possibilidades que encontrava à sua frente. Por isso, incluímos na nossa agenda semanal uma Oficina de Artes onde oferecemos aos pequenos mais oportunidades para que experimentem situações de criação e uso de materiais diferentes, assim como o Miró.

A primeira atividade na sala de Artes foi incrível e todos se envolveram completamente com a proposta: colaram botões, linhas, tecidos, canos emborrachados, utilizaram tintas guache, nanquim, pincéis, brochinhas e rolinhos com texturas variadas, misturaram muitas cores e enquanto produziam falavam entusiasmados sobre as reações e estética dos materiais. Certamente essas vivências serão inesquecíveis e permitirão que as crianças tragam consigo o que disse o próprio pintor: “Mais importante do que a obra de arte propriamente dita é o que ela vai gerar. A arte pode morrer; um quadro desaparecer. O que conta é a semente”.